Clamídia
A clamídia é uma das infeções sexualmente transmissíveis mais comuns em todo o mundo e representa um desafio de saúde pública pelo facto de muitas vezes ser silenciosa, sem causar sintomas evidentes. Transmitida sobretudo através de relações sexuais desprotegidas, pode afetar tanto homens como mulheres e, quando não identificada a tempo, evoluir para complicações sérias que podem comprometer a saúde reprodutiva (em casos graves) e aumentar a vulnerabilidade a outras infeções.
Apesar da sua gravidade potencial, a clamídia é uma infeção de fácil diagnóstico e com tratamento eficaz através de antibióticos. A prevenção, com o uso consistente de preservativo e a realização de rastreios regulares, é fundamental para reduzir o risco de transmissão. O reconhecimento da importância do diagnóstico precoce, aliado ao tratamento adequado dos parceiros sexuais, é essencial para evitar reinfeções e limitar o impacto desta patologia.
Tópico | Resumo |
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O que é a Clamídia | Infeção sexualmente transmissível causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. É uma das mais comuns e frequentemente assintomática, o que facilita a propagação. |
Possíveis Causas | Transmissão por contacto sexual desprotegido (vaginal, anal ou oral) ou da mãe para o bebé no parto. Risco aumentado em pessoas com múltiplos parceiros e sem uso de preservativo. |
Sintomas nos Homens | Corrimento uretral esbranquiçado ou amarelado, dor ou ardor ao urinar, dor/inchaço nos testículos, comichão ou irritação na uretra. |
Sintomas nas Mulheres | Corrimento vaginal anormal, dor/ardor ao urinar, dor durante relações sexuais, dor pélvica/abdominal, sangramento entre menstruações ou após contacto sexual. |
Diagnóstico | Feito por exames laboratoriais (urina ou amostras da região genital, anal ou oral). Técnicas de biologia molecular (PCR) são as mais precisas. |
Tratamento | Antibióticos em dose única ou durante alguns dias. Parceiros devem ser tratados mesmo sem sintomas. Evitar relações sexuais até 7 dias após o fim do tratamento. |
Complicações se não tratada | Nas mulheres: doença inflamatória pélvica, infertilidade, gravidez ectópica. Nos homens: epididimite, infertilidade. Ambos: maior risco de HIV. Recém-nascidos: conjuntivite ou pneumonia. |
Prevenção | Uso correto do preservativo em todas as relações sexuais (vaginais, anais e orais). Rastreios regulares em pessoas com múltiplos parceiros reduzem o risco de transmissão e complicações. |
O que é a Clamídia?
A clamídia é uma infeção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. É uma das IST mais comuns e, muitas vezes, não causa sintomas, o que facilita a sua propagação sem que a pessoa saiba que está infetada.
Quais as possíveis causas da Clamídia?
A transmissão da clamídia ocorre principalmente através de contacto sexual desprotegido (vaginal, anal ou oral) com uma pessoa infetada. Também pode ser transmitida da mãe para o bebé durante o parto. O risco aumenta com múltiplos parceiros sexuais e ausência de uso de preservativo.
Quais os sintomas mais frequentes?
Na maioria dos casos, a clamídia não apresenta sintomas, o que torna o seu diagnóstico mais difícil e contribui para a transmissão inadvertida. Quando existem, os sinais podem variar entre homens e mulheres.
Sintomas da Clamídia nos homens:
- Corrimento uretral esbranquiçado ou amarelado;
- Ardor ou dor ao urinar;
- Dor ou inchaço nos testículos;
- Comichão ou irritação na uretra.
Sintomas da Clamídia nas mulheres:
- Corrimento vaginal anormal;
- Dor ou ardor ao urinar;
- Dor durante as relações sexuais;
- Dor pélvica ou abdominal;
- Sangramento entre menstruações ou após o contacto sexual
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais, como análise de urina ou recolha de amostras da região genital, anal ou oral. Os testes mais precisos utilizam técnicas de biologia molecular (como PCR) para detetar o ADN da bactéria.
Saiba mais em Teste às IST.
Quais os possíveis tratamentos?
A clamídia é tratada com antibióticos, geralmente administrados em dose única ou durante alguns dias. É fundamental que os parceiros sexuais também sejam tratados, mesmo que não apresentem sintomas, para evitar reinfeções.
Durante o tratamento, recomenda-se evitar relações sexuais por pelo menos sete dias após a conclusão da medicação.
Complicações (possível evolução da Clamídia se não tratada)
Se não for tratada, a clamídia pode levar a complicações sérias, como por exemplo:
- Nas mulheres: doença inflamatória pélvica (DIP), infertilidade, gravidez ectópica;
- Nos homens: epididimite (inflamação nos testículos), infertilidade;
- Em ambos os sexos, pode aumentar o risco de contrair ou transmitir o HIV;
Em recém-nascidos, pode causar conjuntivite ou pneumonia, se transmitida durante o parto.
Perguntas frequentes
A clamídia tem cura?
Sim. A Clamídia é uma infeção curável com antibióticos, desde que tratada corretamente.
Posso voltar a ter clamídia depois de curado?
Sim. A reinfeção é possível se houver novo contacto com uma pessoa infetada.
Devo informar o(a) meu(minha) parceiro(a)?
Sim. É essencial que todos os parceiros sexuais recentes sejam testados e tratados.
A clamídia pode ser prevenida?
Sim. O uso correto do preservativo em todas as relações sexuais é a forma mais eficaz de prevenção.
Pode-se apanhar clamídia com preservativo?
É muito improvável. No entanto, embora o preservativo reduza significativamente o risco, não elimina totalmente a possibilidade de transmissão. Isto deve-se ao facto de a clamídia poder, em casos raros, ser transmitida através do contacto com secreções infetadas que entrem em contacto com áreas não cobertas pelo preservativo, como a pele da região genital adjacente.
Ou seja, o risco é muito baixo, mas não é zero. Por isso, recomenda-se sempre o uso correto do preservativo em todas as relações sexuais (vaginais, anais e orais) e a realização de rastreios regulares, especialmente em pessoas com múltiplos parceiros
Quanto tempo demora a curar a clamídia?
O tratamento geralmente resolve a infeção em 7 dias, mas é importante seguir as indicações médicas e evitar relações sexuais durante esse período.
Quanto tempo pode uma pessoa ficar com clamídia sem saber?
A clamídia pode permanecer assintomática durante semanas, meses ou até anos, sendo transmissível durante esse tempo.
Se não tratar, a clamídia pode desaparecer de forma espontânea?
É muito raro. Na maioria dos casos, a infeção persiste e pode evoluir para complicações graves se não for tratada.
Como é que a clamídia se transmite?
A clamídia transmite-se principalmente através de relações sexuais desprotegidas (vaginais, anais ou orais) com uma pessoa infetada. Também pode ser transmitida da mãe para o bebé durante o parto.
Quais as doenças causadas pela clamídia?
Além da infeção genital, a clamídia pode causar doenças como uretrite, cervicite, doença inflamatória pélvica, epididimite, proctite e conjuntivite neonatal.
Posso ter clamídia por vários anos?
Sim. A clamídia pode permanecer no organismo durante anos sem causar sintomas, mas durante esse tempo pode provocar danos progressivos e ser transmitida a outros.
Como detectar clamídia no homem?
A deteção da clamídia no homem pode ser feita de duas formas principais: através dos sintomas descritos anteriormente (corrimento uretral esbranquiçado ou amarelado, ardor ou dor ao urinar, dor ou inchaço nos testículos, comichão ou irritação na uretra) e por exames laboratoriais (como análise de urina ou recolha de amostras da região genital, anal ou oral).
No entanto, é importante referir que a maioria dos homens com clamídia pode não apresentar sintomas, sendo a infeção frequentemente “silenciosa”.
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