Incontinência urinária feminina

Tabela de conteúdos
Índice
    Add a header to begin generating the table of contents
    Breve explicação

    Considerações Gerais

    A incontinência urinária é a perda involuntária de urina, um problema relativamente comum nas mulheres, particularmente com o avançar da idade, mas também pode afetar mulheres mais jovens. Nas mulheres pode afetar significativamente a sua qualidade de vida, interferindo nas atividades diárias, na autoestima e nas interações sociais.

    A incontinência urinária pode manifestar-se de diferentes formas, sendo a incontinência de esforço e a incontinência urinária de urgência as mais frequentes.

    Causas

    Quais as possíveis causas da incontinência urinária nas mulheres?

    Existem várias causas que podem levar ao desenvolvimento da incontinência urinária feminina, incluindo:

    • Enfraquecimento dos músculos do pavimento pélvico: O enfraquecimento dos músculos responsáveis pelo controlo da bexiga, que pode ser causado por gravidez, parto, envelhecimento ou menopausa.
    • Gravidez e parto: Durante a gravidez e após o parto, os músculos do pavimento pélvico podem sofrer distensão, o que pode resultar em incontinência urinária.
    • Menopausa: A diminuição dos níveis de estrogénio pode enfraquecer os músculos da bexiga e da uretra, contribuindo para a perda de urina.
    • Infecções do trato urinário (ITU): As infecções urinárias podem causar uma necessidade frequente de urinar e, em alguns casos, resultar em incontinência temporária.
    • Obesidade: O excesso de peso pode aumentar a pressão sobre a bexiga, tornando as mulheres mais propensas à incontinência urinária.
    • Problemas neurológicos: Doenças como esclerose múltipla, lesões na medula espinhal e outras doenças neurológicas podem afetar o controlo da bexiga.
    • Doenças crónicas: Diabetes, doenças cardíacas e doenças pulmonares podem também contribuir para o aparecimento da incontinência urinária.
    Sintomas relacionados

    Quais os possíveis sintomas associados à incontinência?

    A incontinência urinária feminina pode manifestar-se de várias formas, sendo os sintomas mais comuns:

    • Perda involuntária de urina durante atividades físicas (como tossir, espirrar ou levantar objetos pesados);
    • Sensação urgente de precisar de urinar;
    • Necessidade frequente de urinar, especialmente à noite;
    • Urgência urinária, em que a mulher sente uma necessidade imediata de urinar.
    Diagnóstico

    Como é feito o diagnóstico?

    O diagnóstico da incontinência urinária começa com uma avaliação médica detalhada, incluindo uma análise do historial clínico e exame físico. O médico pode realizar:

    • Exame físico e avaliação do pavimento pélvico: Para avaliar a força dos músculos do pavimento pélvico e verificar possíveis anomalias.
    • Diário miccional: Onde a paciente regista os seus padrões de urinação, incluindo a quantidade e frequência de idas à casa de banho.
    • Exames de urina: Para descartar infecções urinárias ou outras condições do trato urinário.
    • Urodinâmica: Um exame para testar o funcionamento da bexiga e da uretra, avaliando a pressão dentro da bexiga.
    • Ecografia ou outros exames de imagem: Para observar a anatomia da bexiga e da uretra.
    Tratamentos

    Quais os possíveis tratamentos para a Incontinência Urinária Feminina?

    O tratamento da incontinência urinária nas mulheres deve ser sempre adaptado ao tipo e à causa específica da condição. Após uma avaliação clínica cuidada, poderão ser recomendadas diferentes abordagens terapêuticas, que podem incluir:

    • Medicação
      Medicamentos como os anticolinérgicos ou os agonistas beta-3 podem ser prescritos em casos de incontinência urinária de urgência. Estes fármacos atuam no músculo da bexiga, ajudando a reduzir a frequência urinária e o desejo súbito de urinar.
    • Laser Íntimo (Fotona)
      O tratamento com laser vaginal Fotona é uma opção não invasiva, segura e indolor, indicada sobretudo para casos leves a moderados de incontinência urinária de esforço. Através da estimulação térmica controlada, o laser promove a regeneração do colagénio nas paredes vaginais e periuretrais, contribuindo para um maior suporte da uretra e melhoria do tónus dos tecidos pélvicos. Este tratamento é também vantajoso para mulheres no pós-parto ou na menopausa, com sintomas associados à atrofia vaginal.
    • Dispositivos Médicos
      Em determinadas situações, podem ser utilizados dispositivos como os pessários, que oferecem suporte adicional ao pavimento pélvico. Estes dispositivos são colocados na vagina e podem ajudar a aliviar os sintomas de incontinência, sobretudo nos casos relacionados com prolapso dos órgãos pélvicos.
    • Cirurgia
      Nos casos mais severos ou quando os tratamentos conservadores não são eficazes, pode ser considerada a opção cirúrgica. Um dos procedimentos mais comuns é a colocação de uma fita (ou sling) suburetral, que tem como objetivo sustentar a uretra e prevenir perdas urinárias.
    Complicações

    Possível evolução do sintoma se não tratado

    Se não tratada, a incontinência urinária pode piorar ao longo do tempo, com o aumento da frequência e gravidade da perda urinária. Isto pode afetar negativamente as atividades diárias, como o trabalho e a prática de exercício físico, e pode também ter um impacto significativo na vida social da mulher. A longo prazo, a incontinência urinária não tratada pode também contribuir para complicações como infeções urinárias recorrentes e problemas psicológicos, como ansiedade e depressão.

    FAQ

    Perguntas frequentes

    Sim, a incontinência urinária é muito comum nas mulheres, especialmente durante e após a gravidez, na menopausa e com o envelhecimento. Estima-se que cerca de uma em cada quatro mulheres sofra de algum tipo de incontinência urinária.

    Sim, os exercícios de Kegel são os mais recomendados. Eles ajudam a fortalecer os músculos do pavimento pélvico, melhorando o controlo da bexiga e reduzindo a perda de urina.

    Deve procurar um médico se a incontinência urinária interferir com as suas atividades diárias, se os sintomas se agravarem ou se houver outros sinais, como dor ou sangue na urina.

    A incontinência urinária pode ser tratada com sucesso, e em muitos casos os sintomas podem ser controlados ou significativamente melhorados com tratamento. No entanto, a cura depende do tipo de incontinência e da causa subjacente.

    Sim, alguns medicamentos, como diuréticos, sedativos e antidepressivos, podem contribuir para a incontinência urinária, uma vez que afetam o controlo da bexiga. É importante discutir os efeitos secundários dos medicamentos com o médico.

    Sim, a diminuição dos níveis de estrogénio durante a menopausa pode enfraquecer os músculos do assoalho pélvico e alterar a função da bexiga, tornando a mulher mais propensa à incontinência urinária. O tratamento hormonal pode ser útil para aliviar alguns dos sintomas.

    Agende uma consulta de Ginecologia

    No Douro Centro Médico

    Av. da Boavista 197, 2ºB, 4050-115 Porto, Portugal

    Páginas relacionadas