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    O que é HPV?

    O HPV (Papilomavírus Humano) é um vírus de transmissão sexual extremamente comum, estimando-se que entre 50 a 80% das pessoas sexualmente ativas sejam infetadas pelo menos uma vez na vida. Muitas vezes, a infeção é assintomática e desaparece espontaneamente graças ao sistema imunitário, mas nalguns casos pode evoluir para lesões benignas ou até malignas.

    Tipos de HPV

    Existem mais de 150 tipos de HPV identificados, sendo cerca de 40 associados à região genital (vulva, vagina, colo do útero, pénis, ânus e orofaringe). Estes dividem-se em:

    • HPV de baixo risco: Tipos 6 e 11, geralmente associados a verrugas genitais (condilomas acuminados) – sem potencial oncogénico (ou seja, não é causador de células cancerosas);
    • HPV de alto risco: com maior potencial para provocar lesões pré-malignas e cancro, como o do colo do útero, pénis, vulva, vagina e orofaringe. Responsáveis por mais de 70-80% dos casos de lesões malignas, dos quais os mais agressivos são os vírus 16 e 18.

    Quais os sintomas mais frequentes?

    Na maioria dos casos, a infeção por HPV não provoca sintomas. Quando existem, os mais comuns incluem:

    • Verrugas genitais;
    • Alterações celulares detetadas em exames ginecológicos;
    • Lesões na orofaringe ou região anal.

    Importa sublinhar que, mesmo sem sintomas, o HPV pode ser transmitido por contacto sexual.

    Na maioria dos casos, pode ser eliminado pelo próprio sistema imunitário espontaneamente.

    Como é feito o diagnóstico?

    O diagnóstico, na mulher, é geralmente feito durante a consulta de Ginecologia, através de:

    • Citologia cervico-vaginal (Papanicolau) – permite detetar alterações celulares;
    • Teste de HPV – identifica, na mesma amostra, a presença dos subtipos de alto risco, incluindo os mais agressivos, como o 16 e o 18.

    Estes exames são fundamentais para o rastreio precoce de lesões que, se não tratadas, podem evoluir para cancro.

    Tratamento do HPV

    Não existe tratamento específico para eliminar o vírus em si. No entanto, existem abordagens para tratar as manifestações clínicas:

    • Lesões benignas (verrugas genitais): tratamentos tópicos ou laser;
    • Lesões pré-malignas: excisão cirúrgica ou laser;
    • Cancros associados ao HPV: tratamento oncológico específico.

    O sistema imunitário pode eliminar o vírus na maioria dos casos, especialmente em pessoas jovens e saudáveis.

    Possíveis complicações / evolução da patologia se não tratada

    Se não tratada, a infeção por HPV pode originar complicações como:

    • Cancro do colo do útero;
    • Cancro do pénis, vulva, vagina e orofaringe;
    • Verrugas genitais persistentes;
    • Papilomatose laríngea (menos comum).

    Perguntas frequentes

    • Vacinação: disponível gratuitamente no Plano Nacional de Vacinação para raparigas e rapazes;
    • Consulta regular e vigilância de acordo com o critério médico para efetuar Exame de Papanicolau e Teste de HPV;
    • Utilização de preservativo (não evita totalmente, mas reduz o risco de transmissão).

    Alguns dos fatores de risco para a infeção por HPV incluem:

    • Início precoce da atividade sexual;
    • Múltiplos parceiros sexuais;
    • Imunossupressão (HIV, transplantados);
    • Presença de outras infeções sexualmente transmissíveis.

    Significa que foi detetado o vírus na amostra analisada. Pode não haver sintomas nem lesões, mas implica vigilância médica regular.

    Principalmente por contacto sexual direto, envolvendo mucosas ou pele da zona genital, anal ou oral. A transmissão pode ocorrer mesmo sem penetração.

    Menos frequentemente o vírus é transmitido durante o parto.

    Sim. A maioria das infeções desaparece espontaneamente. Com acompanhamento médico adequado, é possível manter qualidade de vida, vida sexual ativa e relações saudáveis.

    É importante manter rastreios regulares e seguir as orientações do médico. Em muitos casos, não há necessidade de tratamentos específicos.

    Não existe medicação específica para o vírus. No entanto, o próprio sistema imunitário pode eliminar o vírus.

     

    Existe tratamento para as: 

    • Lesões benignas (verrugas) - tratamento tópico / laser;
    • Lesões pré-malignas – Excisão cirúrgica / laser;
    • Tratamento para os cancros provocados por HPV.

    Sim, mas com precauções. O uso de preservativo reduz o risco de transmissão, embora não o elimine totalmente. É importante discutir com o(a) parceiro(a).

    Geralmente entre 6 meses a 2 anos. A eliminação depende do tipo de vírus e do estado do sistema imunitário.

    • Pessoas jovens (15-25 anos);
    • Jovens, 8-10 anos após início da atividade sexual;
    • Pessoas com sistema imunitário fragilizado;
    • Quem tem múltiplos parceiros sexuais;
    • Pessoas com outras ISTs.

    Sim. Como é frequentemente assintomática, a infeção pode ter passado despercebida e sido eliminada pelo organismo.

    Sim. A transmissão pode ocorrer mesmo quando não há sinais visíveis da infeção.

    Varia entre 1 a 6 meses após a exposição. No entanto, pode permanecer em estado latente por mais tempo antes de se manifestar.

    Sim. A vacina é segura, eficaz e gratuita para adolescentes no âmbito do Plano Nacional de Vacinação. Pode também ser administrada fora do PNV mediante indicação médica.

    Refere-se ao HPV de alto risco (High Risk) – são os subtipos do vírus com maior potencial de provocar lesões malignas, especialmente o 16 e o 18.

    São os tipos de HPV com potencial oncogénico, responsáveis por cerca de 70-80% dos casos de cancro do colo do útero e outras neoplasias relacionadas.

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